O trabalho de Gilmar Santin na Biblioteca da Escola Claiton Almir Hermes

Gilmar Santin nasceu em Santa Helena/Pr. Formou-se em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG e Pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Catarina-UDESC. Possui Pós-graduação em Psicopedagogia pelo Instituto de Educação da América Latina.

Iniciou sua vida profissional no Jornal “Gazeta do Paraná” em Cascavel/Pr assumindo posteriormente a sucursal da editoria de Medianeira-Pr. Neste período desenvolveu o informativo da Prefeitura Municipal de Santa Helena, sendo convidado a trabalhar na escola Humberto de Alencar Castelo Branco como professor de Artes, momento este em que descobriu que deveria abandonar o jornalismo, não a comunicação e se dedicar à educação.

Em 1998 visitando a família em Itapoá, decidiu ficar, iniciando um trabalho como professor de Artes na Escola João Monteiro Cabral no bairro Pontal do Norte. Trabalhou alguns anos e venceu junto com os maravilhosos alunos e apoio da comunidade, o concurso Arte Cidadã, etapa regional, com o projeto de Artes “Pequenos Grandes Dançarinos” o qual enfocava especificamente o “fandango” dança folclórica existente da região e que até hoje é apresentada pelos descendentes de açorianos da comunidade. Nesta época lecionava para alunos da educação infantil, ensino fundamental na referida escola e ensino médio (supletivo), na Escola Básica atual Frei Valentin. Foi coordenador de Artes e também atuou como professor de Artes com as turmas do EJA, logo no seu início.

Em 2005 após passar no concurso público como alfabetizador, retornou à Escola João Monteiro Cabral com uma turma de 1º aninho. Posteriormente trabalhou na Escola Ayrton Senna e hoje é lotado na Escola Claiton Almir Hermes, onde tem certeza que encontrou seu lugar e sua equipe. Gilmar acredita que o trabalho de cada professor é individual porque suas turmas possuem características peculiares, porém, quando todos demonstram interesse e acreditam no seu trabalho fora da sala de aula e no seu grande grupo, sua força também se eleva e os maiores beneficiados acabam sendo os alunos, a razão da existência de uma escola. Logo o apoio coletivo dentro da instituição é fundamental. Atualmente trabalha na biblioteca da Escola, espaço este em que considera como o núcleo central do sistema escolar, o qual organiza e fornece a informação nos mais variados suportes para que possa atrair alunos, professores, pais, enfim toda a comunidade à qual a escola possui vínculo. O professor Gilmar concorda com VAN DER LANN e FERREIRA (1991) quando diz: “a biblioteca escolar teria três funções básicas, social cultural e educativa. A função social estaria relacionada à integração com a comunidade pela participação no processo de alfabetização e a promoção do hábito de leitura; a função cultural estaria relacionada tanto com a biblioteca assumindo o papel de depositária e preservadora de hábitos quanto através da transmissão de experiências e a função educativa estaria em selecionar e produzir materiais educativos”.

Gilmar pensa que a biblioteca constitui um instrumento essencial do desenvolvimento do currículo escolar e as suas atividades devem estar integradas nas restantes atividades da escola e por este motivo que as suas atividades enquanto profissional da educação atuando na biblioteca vão além da simples e pura troca de livros com os alunos de 3º 4º e 5º anos, a qual ocorre semanalmente. Ele também desenvolve contação de histórias aos alunos da educação infantil, 1º e 2º anos e o reforço escolar com alguns alunos que possuem extrema dificuldade no período contrário, além auxiliar na atualização do blog sempre que necessário. Ele encerra dizendo que “não podemos esquecer que uma biblioteca também deve visar o desenvolvimento integral do aluno, contribuindo para a criação e desenvolvimento de hábitos de leitura e para a aquisição da competência de leitura”.

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. (Paulo Freire.)